quinta-feira, 5 de julho de 2012

Roberval Marques do Amaral

"Li, com interesse e surpresa, o livro de Luís Flávio, Em busca do AMANHÃ esperando encontrar temas piedosos ou mesmo narrativas familiares. No entanto, o autor conseguiu conduziu-me a páginas literárias clássicas, apresentando-nos estilos de notáveis escritores brasileiros a começar por Graciliano Ramos.
Numa linguagem crua, do princípio ao fim, não permite ao leitor antever uma trégua na grande jornada de uma família nordestina que também se encantou com a esperança trazida pela construção de Brasília.
Mas, o que mais me chamou a atenção foi o fato da narrativa ter sido conduzida por uma mulher forte, que nos leva aos umbrais da morte, atravessando-a, numa lembrança a Machado de Assis, em Memória Póstumas de Brás Cubas.
Assim como Euclides da Cunha, em Os Sertões, João Cabral de Melo Neto, em Morte e Vida Severina, Luís Flávio também nos remete à encantadora leitura".


Roberval Marques do Amaral
Mestre em Teoria Literária